Sobre Sarandi
O nome do município de Sarandi originou-se da flor de um arbusto que nascia de um riacho afluente do Rio Passo Fundo.
O município de Sarandi pertencia ao município de Rio Pardo, e depois a Cachoeira do Sul (1819), Cruz Alta (1834) e Passo Fundo (1857). Está localizado no Norte do Rio Grande do Sul. É ponto rodoviário que liga centros e regiões importantes: Passo Fundo, Caxias do Sul, Porto Alegre, o Noroeste do Rio Grande do Sul e o Oeste de Santa Catarina.
Os primeiros moradores foram fugitivos da Revolução Federalista de 1893, que se instalaram no município encontrando muitas dificuldades, principalmente na obtenção de alimentos, pois as terras, embora férteis, eram cobertas de matas, sem contar a localização geográfica, distante dos centros populacionais.
Segundo nos dizem os registros históricos, as terras eram parte de áreas que pertenciam à firma JÚLIO MAILHOS, MOURINHO E LAPIDO, com sede em Montevidéu, adquiridas pelo então Intendente Municipal de Passo Fundo, Dr. Nicolau Araújo Vergueiro.
Em 1917, a companhia GOMES & SCHERING, com sede em Carazinho, tomou a iniciativa de ocupar e colonizar. Os primeiros colonos que se estabeleceram foram os de origem alemã, vindos das “colônias velhas”, de diversos pontos do Estado, principalmente da região de São João de Montenegro, instalando-se nas localidades de Jaboticaba, Caúna, Boa Vista e Ati-açu, definida com primeira sede do então Distrito de Sarandi.
No ano de 1918, a então companhia GOMES, SCHERING E STURM & CIA, iniciou a segunda fase da colonização, visando à ocupação das terras da então segunda sede do Distrito de Sarandi, trazendo principalmente imigrantes italianos. A firma colonizadora era composta por Armínio da Silva, Jacinto Gomes, Ivo Ferreira, João Tesser, Paulo Dall´Oglio, Pe. Eugênio Medicheschi, Inácio Giordani e Miguel Ortolan.
No dia 03 de março de 1919, chegaram os primeiros moradores da atual cidade. Entre eles estavam Francisco Cenci (agricultor), João Cenci (sapateiro), Aléssio Castelli (hoteleiro), João Piccini (comerciante), que mais tarde instalou um engenho de madeira e um moinho de trigo e cilindro e uma usina hidroelétrica, que iluminava todo o Distrito.
Pouco depois chegaram Ramão Soares, Eugênio Mânica, os irmãos Amos e Edolo Fillipi e Antônio Peruzzo. Os quatro últimos estabeleceram-se com casa comercial. E a população do povoado aumentava. Ainda em 1919, radicaram-se Alberto Castelli, Pedro Poles, Batista Gabriel, Henrique Zibetti, Luiz Corso e Carlos Sbaraini.
Uma das características mais marcantes desses imigrantes italianos era a religiosidade, fiéis seguidores da Igreja Católica. Em 1920, foi construída a primeira Capela do Distrito, localizada na atual Rua Paulo Dall´Óglio, entre a Rua Armínio da Silva e Avenida Sete de Setembro, sendo a primeira missa rezada pelo Pe. Eugênio Medicheschi. Em 29 de dezembro de 1927, a capela de Sarandi é elevada à categoria de Paróquia, tendo como responsável o Pe. Henrique Preti. Em 1936 foi construída a Igreja Nossa Senhora de Lourdes, projetada por Dante Mosconi.
A chegada das religiosas da Congregação das Filhas do Sagrado Coração de Jesus ocorreu em 1937, mesma época da construção da Escola Santa Gema Galgani e da formação da primeira equipe de alfabetização de Sarandi, integrada pelas senhoras Angelina Zanonatto, Aríete Tartler e a Sra. Maria Fortunata Armanini.
A emancipação e criação do Município de Sarandi ocorreram em 27 de junho de 1939. A comissão emancipacionista era formada pelos doutores Mário Azambuja e Álvaro Santana, pelos senhores Armínio da Silva, Antônio Siliprandi, João Piccini, Vitório Sassi e Próspero Anschau, e pelo Tenente Eugênio F. da Silva. A instalação do novo município só ocorreu efetivamente em 1º de janeiro de 1940, tendo como primeiro prefeito nomeado Thomaz Thompson Flores.
O Município recém instalado contava com uma população em torno de 35.000 habitantes, num território de 3.165 km, divididos em quatro distritos: a Sede, Rondinha, Constantina e Nonoai. Posteriormente foram criados os distritos de Ronda Alta, Liberato Salzano e Trindade.
